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Desemprego é o menor para o trimestre desde 2015

Pesquisa do IBGE revela que foi verificada estabilidade se comparado aos três meses anteriores

O desemprego é uma realidade que castiga 8,5% da população brasileira. Há no Brasil 9,5 milhões de pessoas desocupadas. A taxa do desemprego registrada no trimestre de fevereiro a abril de 2023 (8,5%), entretanto, é a menor para o período desde 2015, ano em que havia marcado 8,1%, o que mostra estabilidade em relação ao trimestre de novembro de 2022 a janeiro de 2023, que havia ficado em 8,4%. 

A população desocupada também indica estabilidade em relação ao trimestre anterior, que havia marcado 9 milhões de indivíduos. E recuou 19,9% no ano, ou seja, 2,3 milhões de pessoas arrumaram emprego. O resultado mostra também que é o segundo ano consecutivo em que não há aumento no índice de desemprego se comparado aos três meses encerrados em janeiro. 

Se comparado a 2022, houve recuo na taxa de desemprego de dois pontos percentuais, uma vez que a porcentagem no mesmo período do ano passado havia indicado 10,5%. Os dados foram revelados nesta quarta-feira (31) na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, elaborada e divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

OCUPADOS

A Pnad Contínua também trouxe os dados das pessoas empregadas com carteira assinada. E os números mostram que a quantidade de pessoas ocupadas, ou seja, as que trabalham, chegou à marca de 98 milhões de indivíduos, queda de 0,6% em relação ao trimestre anterior, e aumento de 1,6% se comparado a 2022.  

A queda representa 605 mil pessoas a menos trabalhando em comparação ao período anterior. Já o aumento significa que 1,5 milhão de pessoas arrumaram emprego na comparação do período.

O nível de ocupação, que é o percentual de indivíduos ocupados na população apta a trabalhar, atingiu 56,2%, diminuição 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, que havia indicado 56,7%. Porém, é 0,4 ponto percentual maior que igual período de 2022, que havia registrado 55,8%. 

A perda dos empregos entre janeiro e abril, continua a Pnad Contínua, deu-se principalmente nos segmentos do comércio, agricultura e serviços domésticos. A alta na comparação com abril do ano passado pode ser explicada pela abertura de oportunidades de emprego nos setores de informação, comunicação e atividades financeiras; administração pública; e transporte, armazenagem e correios. 

Já os informais, sem carteira de trabalho assinada, chegaram a 38,9% da população com alguma ocupação no País, o que significa 38 milhões de pessoas. O índice ficou abaixo dos 39% verificados no trimestre anterior, assim como os 40,1% observados no mesmo trimestre de 2022. 

O setor privado absorveu 36,8 milhões de empregados com carteira assinada, número que indica estabilidade frente ao trimestre anterior, e 4,4% superior (mais 1,6 milhão de pessoas) ao ano passado.  Já os trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, contingente de 12,7 milhões de indivíduos, recuaram 2,9%, ou 383 mil pessoas a menos, no trimestre, mostrando também estabilidade na comparação ano a ano.

Trabalhar por conta própria foi a opção de 25,2 milhões de pessoas, o que indica estabilidade em ambas as comparações. Por fim, chegaram a 5,7 milhões os trabalhadores domésticos, recuo de 3,2% nos três meses, estabilidade frente ao trimestre encerrado em abril do ano passado.

Quanto aos rendimentos, a pesquisa mostra que ficaram estáveis (R$ 2.891) frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período de 2022, a alta foi de 7,5%. E, por fim, a pesquisa mostra que houve estabilidade frente ao trimestre anterior da massa de rendimento real habitual, mas aumento de 9,6% na comparação ano a ano, chegando a R$ 278,8 bilhões.

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